Thursday, June 14, 2007

Luiz Pacheco


Nas Edições Afrodite, Luiz Pacheco começou por ser um dos autores incluídos por Natália Correia na Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica com a publicação de um poema inédito, intitulado Côro de Escarnho e Lamentação dos Cornudos em volta de S. Pedro. Em 1969, Pacheco escreveu o prefácio, O Sade Aqui entre nós, da primeira edição de A Filosofia na Alcova do divino Marquês. Ambas as participações tiveram onerosas consequências nos tribunais. No final da década de 60, lado a lado com os consagrados Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro e Manuel de Lima, integrou a Antologia de Vanguarda com o texto Os Namorados. A passagem de Luiz Pacheco pela Afrodite, culminou no ano de 1977 com uma edição em nome próprio intitulada Textos Malditos.

Luís José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (7 de Maio de 1925 - 5 de Janeiro de 2008) foi escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura. Desde cedo manifestou enorme talento para a escrita. Chegou a frequentar o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, mas devido a dificuldades financeiras teve de abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter cansado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem ter com que sustentar a família crescente, chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues. (Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima.)Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O Globo, Bloco, Afinidades, O Volante, Diário Ilustrado, Diário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul Leal, José Cardoso Pires, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Natália Correia, Herberto Hélder, Vergílio Ferreira etc., tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista. A sua obra literária tem um forte pendor autobiográfico e libertino, inserindo-se naquilo a que ele próprio chamou de corrente "neo-abjeccionista". É sem dúvida, como pícaro personagem literário, um digno herdeiro de Luís de Camões, Bocage ou Fernando Pessoa. (Biogafia da Wikipédia)


Um sítio dedicado a Luiz Pacheco: aqui.